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Acta Ortopédica Brasileira, Volume: 31, Número: spe3, Publicado: 2023
  • RETALHO NEUROVASCULAR DORSAL DO PÉ, NOSSA EXPERIÊNCIA Original Article

    Amaral Júnior, Sérgio Aparecido do; Carvalho, Bárbara Letícia Ferreira de; Andrade Júnior, Antonio Clodoildo; Caetano, Maurício Benedito Ferreira; Vieira, Luiz Angelo; Caetano, Edie Benedito

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivos: Analisar a morbidade da área doadora do retalho neurovascular do dorso do pé em lesões traumáticas com perda de tecido da mão. Material e métodos: O estudo envolveu retalhos neurovasculares do dorso do pé usados para reconstruir as mãos de oito pacientes do sexo masculino, entre 1983 e 2003, com idades entre 21 e53 anos (média de 34,6, DP ± 10,5 anos). O tamanho das lesões variou de 35 a 78 cm2 (média de 53, DP ± 14,4 cm2). Os procedimentos cirúrgicos foram realizados entre dois a 21 dias após a ocorrência das lesões. Os pacientes foram acompanhados por uma média de10,3 anos (variando de 8 a 14, DP ± 2,1 anos). Resultados: Quanto ao local doador, em um caso houve formação de hematoma, que foi drenado; em outro caso, o enxerto de pele precisou ser reavaliado. Todos os pacientes apresentaram retardo na cicatrização, com cicatrização completa de 2 a 12 meses após a cirurgia (média de 4,3, DP ± 3,2 meses). Conclusão: Apesar das vantagens do retalho neurovascular do dorso do pé, consideramos que as sequelas no local doador são cosmeticamente inaceitáveis. Atualmente, esse procedimento só é indicado e justificado quando associado à transferência do segundo dedo do pé. Nível de evidência IV; Série de casos .

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objectives: Analyze the donor site morbidity of the dorsalis pedis neurovascular flap in traumatic injuries with hand tissue loss. Material and Methods: The study involved dorsalis pedis neurovascular flaps that were used to reconstruct the hands of eight male patients, between 1983 and 2003, aged between 21 and 53 years (mean 34.6, SD ± 10.5 years). The size of the lesions ranged from 35 to 78 cm2 (mean 53, SD ± 14.4 cm2). Surgical procedures were performed two to 21 days after the injuries had occurred. The patients were followed up for an average of 10.3 years (ranging 8–14, SD ± 2.1 years). Results: Regarding the donor site, in one case there was hematoma formation, which was drained; in another case, the skin graft needed to be reassessed. All patients experienced delayed healing, with complete healing from 2 to 12 months after the surgery (mean 4.3, SD ± 3.2 months). Conclusion: Despite the advantages of the dorsalis pedis neurovascular flap, we consider that the sequelae in the donor site is cosmetically unacceptable. Nowadays, this procedure is only indicated and justified when associated with the second toe transfer. Level of Evidence IV; Case series .
  • INFLUÊNCIA DA MUNHEQUEIRA NA FORÇA DE PREENSÃO MANUAL EM PRATICANTES DE CROSSFIT Original Article

    Takemura, Renan Lyuji; Ortolani, Carla Calviente; Saito, Mateus; Escudero, Ricardo Boso; Nakamoto, João Carlos; Sorrenti, Luiz

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivos: Analisar a influência do uso da munhequeira no valor máximo de força e na resistência dinâmica de preensão palmar. Métodos: Foi feito um ensaio controlado randomizado cruzado (cross-over) incluindo 54 praticantes de Crossfit. Os participantes foram alocados em dois grupos de forma aleatorizada. O grupo 1 iniciou a bateria de testes com enfaixamento placebo e o grupo 2 iniciou com enfaixamento funcional. Séries alternadas de quatro testes dinâmicos de resistência foram realizadas e os valores de resistência e fadiga foram calculados. Resultados: Os resultados apontaram para uma ausência de efeito do enfaixamento do punho tanto para um suposto aumento da força máxima de preensão (35,7 vs 35,6 kg; p=0,737) quanto para uma maior resistência (78,2 vs 77,8%; p=0,549). A fadiga também foi igual entre os dois grupos (média das diferenças entre os grupos: 0,1kg, CI: -0,7 – 0,8; p=0,779). Conclusão: A hipótese de que o uso da munhequeira aumenta o valor máximo de força e a resistência dinâmica de preensão palmar foram rejeitadas neste estudo. Nível de evidência I; Estudo clínico randomizado .

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objectives: Analyze wrist wrap influence on the values of maximum handgrip strength and dynamic resistance. Methods: A controlled randomized cross-over trial including 54 Crossfit participants randomly assigned to two groups. Group 1 began the series of tests with control wrapping, and Group 2 started with functional wrapping. Alternate series of four dynamic grip strength resistance tests were performed, and the resistance and fatigue values were calculated. Results: The values obtained from the grip tests did not indicate any effect from the wrist wrap for an increase in maximum grip strength (35.7 vs. 35.6 kg; p=0.737) or greater endurance (78.2 vs. 77.8%; p=0.549). Fatigue was also equal in both groups (mean differences between the groups: 0.1 kg, CI= -0.7–0.8; p=0.779). Conclusion: The hypothesis that using a wrist wrap increases maximum strength and dynamic handgrip endurance was rejected in this study. Evidence Level I; Randomized control trial .
  • AVALIAÇÃO DOS DESFECHOS EM ENSAIOS CLÍNICOS RANDOMIZADOS DE INTERVENÇÃO - FRATURAS DISTAIS DO RÁDIO Original Article

    Meira, Davi Amorim; Moriyama, Lukas Eiki; Santos, Cássio Conceição Santana; Moreira, Fernando Delmonte; Guedes, Alex; Mattos, Enilton de Santana Ribeiro de

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivos: Descrever a frequência e os tipos de desfechos em ensaios clínicos randomizados (RCT) de intervenção para fraturas distais do rádio, analisar como apresentações confusas de desfechos podem levar a interpretações equivocadas e sugerir estratégias para melhorar a compreensão do leitor sobre o processo de tomada de decisão. Métodos: Foi realizado estudo retrospectivo mediante busca sistematizada na base de dados PubMed® nos últimos 10 anos, na qual foram incluídos apenas RCT de intervenção para fraturas do segmento distal do rádio, cujos desfechos foram analisados. Resultados: Dos desfechos primários analisados nos 75 artigos selecionados, 46,6% foram classificados como desfechos clínicos, 20% como substitutos, 30,6% como compostos, 1,3% como escalas complexas e em 1,3% como desfechos de segurança. 34,7% dos artigos não reportaram eventos adversos. Conclusão: A apresentação de desfechos com pouca relevância clínica representou mais da metade da amostra (53,4%) - tais estudos podem prejudicar o leitor, uma vez que confundem a interpretação das evidências científicas; a iniciativa Core Outcome Measures in Effectiveness Trials (COMET) auxilia os profissionais de saúde na compreensão e seleção das intervenções terapêuticas mais adequadas para os pacientes. Nível de Evidência III; Estudo retrospectivo comparativo .

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objectives: Describe the frequency and types of outcomes in randomized clinical trials (RCT) of intervention for distal radius fractures, analyze how confusing outcome presentations can lead to misinterpretations, and suggest strategies to improve the reader's understanding of the decision-making process. Methods: A retrospective study was conducted through a systematized search on the PubMed® database in the last 10 years, in which only intervention RCT was included for distal radius fractures, and outcomes were analyzed. Results: Of the primary outcomes analyzed in the 75 selected articles, 46.6% were classified as clinical outcomes, 20% as surrogate, 30.6% as composite, 1.3% as complex scales, and 1.3% as safety outcomes. 34.7% of the articles did not report adverse events. Conclusion: The presentation of outcomes with little clinical relevance represented more than half of the sample (53.4%) - such studies can harm the reader since they confuse the interpretation of scientific evidence; the Core Outcome Measures in Effectiveness Trials (COMET) initiative could help health professionals in understanding and selecting the most appropriate therapeutic interventions for patients. Level of Evidence III; Retrospective comparative study .
  • TRATAMENTO DE FRATURAS METACARPAIS: COMPARAÇÃO ENTRE FIOS DE KIRSCHNER E FIXAÇÃO INTRAMEDULAR Original Article

    Jesus, Bruno Cesar Silva de; Silva, Clóvis Rodrigo Guimarães Braz Pereira da; Cardoso, Rodrigo Domiciano; Mauad, Vitor Augusto Queiroz; Alves, Rafael Saleme; Pinto, Fernando Nogueira Zambone

    Resumo em Português:

    RESUMO Introdução: Fraturas dos metacarpos são frequentes e podem ser tratadas de forma cirúrgica com os fios de Kirschner (FK) e Fixação Intramedular com Parafuso de Compressão (FIPC). Objetivo: Analisar os resultados pós-operatórios do tratamento das fraturas extra-articulares dos metacarpos pela técnica retrógrada com fios de Kirschner e comparar com a fixação intramedular utilizando parafuso de compressão. Métodos: Estudo retrospectivo, quantitativo, com análise de prontuários, utilizando questionários de avaliação pós-operatória em dez pacientes divididos em dois grupos: FIPC e FK. Resultados: O período de imobilização com tala nos grupos FK e FIPC foram de seis e quatro semanas respectivamente, já o tempo médio para consolidação foi de 57 e 47 dias respectivamente. O grupo FK retornou as atividades laborais após os FIPC. O valor médio de força na mão acometida comparada a contralateral foi de 93,9% no grupo FK, e no FIPC de 95,4%. Medidas da soma de amplitude de movimento das articulações metacarpofalangeanas e interfalangeanas no grupo FK obtiveram diferença média entre as mãos operada e a contralateral de 16°, já na FIPC observou-se 5°. Conclusão: Os pacientes estudados apresentaram excelentes resultados pós-operatórios e ambos os tratamentos provam ser seguros e confiáveis. Nível de evidência III; Estudo retrospectivo comparativo .

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Introduction: Metacarpal fractures are common and can be treated surgically using Kirschner wires (K-wires) or intramedullary fixation with compression screws (IMCS). Objectives: Analyze the postsurgical results from treating the metacarpal extra-articular fractures through the retrograde Kirschner wire technique, and compare it with the intramedullary compression screw fixation. Methods: Retrospective and quantitative studies were to analyze patients’ medical records, and a postsurgical evaluation questionnaire was given to the patients, who were divided into K-wire and IMCS. Results: The period of immobilization with a splint took six weeks for the K-wire group and four weeks for the IMCS group. The average time for consolidation took, respectively, fifty-seven days and forty-seven days. The first group could restart their activities twenty-two days after the other, and the average force value of the treated hand, when compared with its contralateral, was 93.9% and 95.4%, respectively. Between the operated hand and its contralateral, there was a difference of 16° in the total measures of the metacarpophalangeal and interphalangeal joint's range of movement among the K-wire group and 5° among the IMCS group. Conclusion: The patients who participated in this study showed excellent results after surgery, and both treatments were proven to be safe and reliable. Evidence level III; Retrospective comparative study .
  • ARTROPLASTIAS PRIMÁRIAS TOTAIS DO QUADRIL NO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE (2012-2021) Original Article

    Torres Filho, Tarcísio Marconi Novaes; Martins, Brenna Kathleen; Silva, Alan Almeida da; Assunção, Carlos Alberto Almeida de; Mattos, Enilton de Santana Ribeiro de; Guedes, Alex

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivos: Descrever a distribuição regional das autorizações de internação hospitalar (AIH), custos de internação (CI), tempo médio de permanência (TMP) e taxa de mortalidade (TM) relacionados às artroplastias totais de quadril (ATQ) primárias financiadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de 2012 a 2021. Métodos: Estudo transversal descritivo utilizando dados secundários de domínio público obtidos no site do banco de dados do Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Resultados: Foram liberadas 125.463 AIH com CI de R$ 552.218.181,04 no período avaliado. O TMP foi de 6,8 dias. A TM foi de 1,62%. Conclusões: A distribuição regional de AIH foi de 65.756 (52%) no Sudeste; 33.837 (27%) no Sul; 14.882 (12%) no Nordeste; 9.364 (8%) no Centro-Oeste; e, 1.624 (1%) no Norte - em 2020 houve queda acentuada das AIH liberadas, provavelmente devido à pandemia COVID-19. Os CI foram de R$ 293.474.673,20 no Sudeste; R$ 144.794.843,11 no Sul; R$ 61.751.644,36 no Nordeste; R$ 45.724.353,80 no Centro-Oeste; e R$ 6.472.666,57 no Norte. O TMP foi de 6,7 no Sudeste; 5,3 no Sul; 9,2 no Nordeste; 7,6 no Centro-Oeste; e 13,6 no Norte. A TM foi como se segue: Sudeste=1,88%; Sul=1,07%; Nordeste=1,83%; Centro-Oeste=1,44%; e, Norte=1,47%. Nível de Evidência III; Estudo Retrospectivo Comparativo .

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objectives: To describe the regional distribution of hospital admission authorizations (HAA), hospitalization costs (HC), the average length of stay (LOS), and mortality rates (MR) related to primary total hip arthroplasties (THA) funded by the Brazilian Health Unic System (SUS) from 2012 to 2021. Methods: Descriptive cross-sectional study using secondary data of public domain obtained from the Department of Informatics of SUS (DATASUS) database website. Results: A total of 125,463 HAA were released with HC of 552,218,181.04 BRL in the evaluated period. The average LOS was of 6.8 days. MR was 1.62%. Conclusion: The regional distribution of HAA was 65,756 (52%) in the Southeast; 33,837 (27%) in the South; 14,882 (12%) in the Northeast; 9,364 (8%) in Midwest; and 1,624 (1%) in North - in 2020 there was a sharp decrease of the released HAA, probably due to the COVID-19 pandemic. HC was 293,474,673.20 BRL in the Southeast; 144,794,843.11 BRL in the South; 61,751,644.36 BRL in the Northeast; 45,724,353.80 BRL in the Midwest; and 6,472,666.57 BRL in the North. The average LOS was 6.7 in the Southeast; 5.3 in the South; 9.2 in the Northeast; 7.6 in the Midwest; and, 13.6 in the North. MR was as follows: Southeast=1.88%; South=1.07%; Northeast=1.83%; Midwest=1.44%; and North=1.47%. Evidence Level III; Retrospective Comparative Study .
  • TRATAMENTO DA OSTEOGÊNESE IMPERFEITA COM A HASTE TELESCÓPICA FASSIER-DUVAL Original Article

    Goiano, Ellen de Oliveira; Akkari, Miguel; Costa, Paulo Humberto; Makishi, Marina Rafaele; Santili, Cláudio

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar o tratamento de pacientes com Osteogênese Imperfeita (OI) operados com a haste telescopada de Fassier-Duval (FD) num hospital quaternário no período de 2010 a 2020. Métodos: Analisamos a indicação cirúrgica do tratamento, as causas de revisão, suas complicações e a eficácia na telescopagem da haste. Resultados: Os resultados foram comparados com a literatura e com os mesmos parâmetros de um artigo anterior no qual foi utilizada uma haste telescopada desenvolvida pelo nosso grupo. O estudo foi retrospectivo baseado na análise dos prontuários clínicos digitais e radiográficos dos pacientes. Quinze pacientes com 21 hastes de FD foram avaliados, sendo a maioria no fêmur (85,7%), oito pacientes eram do sexo feminino (53,3%), com média de 10,47 (3,92 a 16,44) anos, a maioria do tipo III de Sillence (46,7%), com tempo de seguimento médio de 5,22 (1,43 a 7,02) anos. Deste total, sete hastes (33,3%) apresentaram complicações. A principal indicação cirúrgica foram fraturas (57,1%). Em relação à telescopagem, observamos que 15 hastes (71,4%) acompanharam o crescimento da criança. Conclusão: No presente estudo verificamos bons resultados com as hastes de FD, à semelhança dos dados encontrados na literatura e dos dados encontrados com a haste do nosso serviço. Nível de Evidência III; Estudo retrospectivo comparativo .

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objectives: This study aimed to assess the treatment of patients with Osteogenesis Imperfecta (OI) operated on with a telescopic Fassier-Duval (FD) rod in a querterenario hospital from 2010 to 2020. Methods: We analyzed indication for surgical treatment, causes of reoperation, complications and the effectiveness of telescoping rod. Results: The results were compared with the literature and with the same parameters from a previous study which a different telescopic rod developed by the same authors. This was a retrospective study based on the analysis of digital and radiographic clinical records. Fifteen patients with 21 FD rods were evaluated, most were used on the femur (18 rods or 85.7%), eight patients were female (53.3%), with a mean age of 10.47 (3.92 to 16.44) years, most of whom had type III Sillence (46.7%), with a mean follow-up of 5.22 (1.43 to 7.02) years. Seven rods (33.3%) had complications. The main indication was for fracture (57.1%). Regarding the ability to telescope, we observed that 15 rods (71.4%) followed the child's growth. Conclusion: We had good results using FD rods, similar to the data found in the literature and the data obtained with our rod. Level of Evidence III,Retrospective comparative study .
  • FENOL CONTRA LIDOCAINA EM NEURÓLISE DO NERVO OBTURADOR PARA DOR ARTICULAR DO QUADRIL Original Article

    Crema, Chiara Maria Tha; Magario, Luiza Previato Trevisan; Siena, Wilian Carlos; Favato, Nicole Marques; Soeira, Thabata Pasquini; Riberto, Marcelo

    Resumo em Português:

    RESUMO Introdução: Em pacientes com osteoartrite grave do quadril, sem condições clínicas ou socioeconômicas para a substituição total do quadril, o bloqueio do nervo obturador pode servir para o controle da dor e ganho funcional. Pode-se usar lidocaína ou fenol, embora seja esperado que o último apresente maior duração. Objetivo: Comparar a dor no quadril e o desempenho funcional após o bloqueio do nervo obturador com fenol versus lidocaína em pacientes com osteoartrite grave do quadril que não obtiveram sucesso no tratamento conservador. Metodologia: Quarenta e quatro pacientes programados para artroplastia total devido à osteoartrite grave foram randomizados para o ramo anterior do nervo obturador com fenol (PG) ou lidocaína a 1% (LG), guiados por estimulação elétrica. Os pacientes foram avaliados com EVA, WOMAC e dolorimetria de dor por pressão antes do procedimento e no primeiro e quarto meses seguintes. Resultados: Ambos os grupos apresentaram melhora significativa no controle da dor, na dolorimetria por pressão e na funcionalidade no primeiro mês, com efeito reduzido após quatro meses, embora as pontuações ainda fossem melhores do que a linha de base. Não foi possível observar nenhuma diferença estatística entre os grupos. Não foram relatados efeitos adversos graves. Conclusão: Tanto a lidocaína quanto o fenol são igualmente eficazes e seguros no bloqueio do nervo obturador para o controle da dor e melhora da funcionalidade em pacientes com OA grave de quadril. Nível de evidência I; Estudo clínico randomizado,duplo cego .

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Introduction: For patients with severe hip osteoarthritis without clinical or socioeconomic conditions for total hip replacement, the obturator nerve block may serve for pain control and functional improvement. Either lidocaine or phenol are used, although the latter is expected to last longer. Objectives: Compare hip pain and functional performance after obturator nerve block with phenol versus lidocaine in patients with severe hip osteoarthritis who failed conservative treatment. Methodology: Forty-four patients scheduled for total arthroplasty due to severe osteoarthritis were randomized to the anterior branch of the obturator nerve with phenol (PG) or 1% lidocaine (LG), guided by electrical stimulation. Patients were evaluated with VAS, WOMAC, and pressure pain dolorimetry before the procedure and in the first and fourth months afterward. Results: Both groups improved significantly in pain control, pressure dolorimetry and functioning in the first month with reduced effect after 4 months, although the scores were still better than baseline. No statistical difference could be noticed between the groups. Severe adverse effects were not reported. Conclusion: Both lidocaine and phenol are equally effective and safe in the obturator nerve block for the control of pain and improvement in functioning in patients with severe hip OA. Evidence Level I; Randomized control trial, double-blind .
  • EPIDEMIOLOGIA DAS FRATURAS TRAUMÁTICAS DA COLUNA NO HOSPITAL MARIO COVAS ENTRE 2015 E 2020 Original Article

    Franco, Cássio Bousada; Cruz, Pedro Henrique Swinerd Coelho da; Moreno, Caio Cesar Lucchese; Meneses, Igor Oliveira; Santos, Lara Guercio dos; Fontoura Junior, Antonio Carlos; Brandão, Thiago Kolachinski; Rodríguez, Luciano Miller Reis; Yonezaki, Adriano Masayuki

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivos: Analisar o perfil epidemiológico dos pacientes com fratura traumática de coluna vertebral atendidos no Hospital Estadual Mário Covas entre os anos de 2015 e 2020. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, retrospectivo, quantitativo, comparativo, do tipo revisão de prontuário médico. A coleta de dados foi realizada entre maio e junho de 2022 no Hospital Estadual Mário Covas, sendo avaliadas as características: idade, sexo, topografia da lesão, mecanismo de trauma, procedência e tratamento. Resultados: Foram analisados dados de 252 pacientes com fratura traumática da coluna vertebral. A média da idade dos pacientes foi de 48,7 anos, 74,7% eram do sexo masculino. O mecanismo de trauma tipo queda de altura e a topografia das vértebras lombares têm tendência altamente significativa. As vértebras mais afetadas são lombar L1, torácica T12 e cervical C6. O cruzamento da faixa etária com sexo masculino está acima do esperado nos maiores de 60 anos. O cruzamento da faixa etária com mecanismo do trauma está acima do esperado, entre 20 a 39 anos. Conclusão: São poucos os trabalhos publicados a respeito da epidemiologia das fraturas traumáticas de coluna vertebral, o que aponta para a necessidade de novos estudos acerca da temática. Nível de evidência III; Estudo retrospectivo comparativo.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objectives: Analyze the epidemiological profile of patients with traumatic spinal fractures treated at Mário Covas State Hospital between 2015 and 2020. Methodology: This is an epidemiological, descriptive, retrospective, quantitative, comparative, medical records review-type study. Data collection was carried out between May and June 2022 at the Mário Covas State Hospital, the following characteristics being evaluated: age, sex, lesion topography, trauma mechanism, origin and treatment. Results: Data from 252 patients with traumatic spinal fractures were analyzed. The mean age of patients was 48.7 years, 74.7% were male. The mechanism of trauma from falls from a height and the topography of the lumbar vertebrae have a highly significant trend. The most affected vertebrae are lumbar L1, thoracic T12 and cervical C6. The crossing of the age group with the male sex is higher than expected in those over 60 years of age. The crossing of the age group with the trauma mechanism is higher than expected, between 20 and 39 years. Conclusion: There are few published works on the epidemiology of traumatic fractures of the spine, which points to the need for further studies on the subject. Level of Evidence III; Retrospective comparative study.
  • FRATURAS DIAFISÁRIAS DE ÚMERO COM CUNHA INTACTA: MIPO X ESTABILIDADE ABSOLUTA COM PLACA Original Article

    Higashi, Jorge Henrique; Reis, Felipe Cruz Caetano dos; Guimarães, Caio Filipe Antunes; Lima, Ricardo Debussulo de; Andrade-Silva, Fernando Brandao; Silva, Jorge dos Santos; Kojima, Kodi Edson

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivos: Comparar o tempo de consolidação e o índice de complicações entre os métodos de osteossíntese com placa minimamente invasiva e estabilidade absoluta através da placa nas fraturas diafisárias do úmero com cunha intacta (AO 12B2). Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo entre os anos de 2016 e 2020. Foram analisados os prontuários e radiografias de 18 pacientes e coletados dados referentes a: tempo de consolidação, idade, sexo, tamanho da placa, número de parafusos, presença de complicações como lesão iatrogênica do nervo radial, falha do material e infecção pós operatória. Resultados: Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas nas variáveis de idade, sexo, tamanho da placa e número de parafusos utilizados, ou no índice de RUSHU (Radiographic Union Score for Humeral fractures). Não houve casos de infecção pós-operatória, falha do material ou necessidade de reoperação, nem casos de lesão secundária do nervo radial. Após 1 ano todos os pacientes tiveram índice de consolidação analisado pelo RUSHU >11. Conclusão: Ambas as técnicas se mostraram com resultados similares, com alta taxa de consolidação e baixas taxas de complicações ou lesão iatrogênica do nervo radial. Nível de evidência III; Estudo retrospectivo comparativo .

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objectives: Evaluate bone healing time, consolidation, and the complication rate between the minimally invasive plate osteosynthesis and open reduction with plate osteosynthesis in humeral diaphyseal fractures with an intact wedge (AO 12B2). Methods: A retrospective study was carried out between 2016 and 2020. The medical records and radiographs of 18 patients were analyzed, and data were collected regarding the time of consolidation, age, sex, plate size, number of screws, complications such as iatrogenic injury damage to the radial nerve, material failure, and postoperative infection. Results: No statistically significant differences were observed in the variables of age, sex, plate size, and number of screws used or in the RUSHU index (Radiographic Union Score for Humeral fractures). There were no postoperative infections, material failure, or need for reoperation, nor cases of secondary radial nerve injury. After one year, all patients had a consolidation index analyzed by RUSHU >11. Conclusion: both techniques showed similar results, with a high consolidation rate and low rates of complications or iatrogenic damage to the radial nerve. Evidence level III; Retrospective comparative study .
  • FRAGMENTO EM CUNHA DAS FRATURAS DA DIÁFISE DA TÍBIA COM HASTE INTRAMEDULAR Original Article

    Boff, Mario Sergio; Paolucci, Pedro Henrique de Oliveira; Oliveira, Gabriel Machado de; Zanesco, Leonardo; Andrade-Silva, Fernando Brandao; Leonhardt, Marcos de Camargo; Reis, Paulo Roberto dos; Silva, Jorge dos Santos; Kojima, Kodi Edson

    Resumo em Português:

    RESUMO Introdução: A fratura da diáfise da tíbia é a fratura mais comum dentre os ossos longos, sendo o tratamento padrão a fixação com haste intramedular (HIM). Independentemente do desenvolvimento da técnica cirúrgica, a pseudoartrose continua prevalente. Objetivo: Avaliar a associação entre o tamanho e o desvio da cunha, os desvios dos fragmentos principais do tipo 42B2 e a incidência de pseudoartrose. Métodos: Avaliamos, retrospectivamente, todos os pacientes com fraturas tipo 42B2 tratados com hastes intramedulares entre janeiro de 2015 e dezembro de 2019. Seis parâmetros radiográficos foram definidos para as radiografias pré-operatórias nas incidências anteroposterior (AP) e perfil. Outros seis parâmetros foram definidos para as radiografias pós-operatórias em 3, 6 e 12 meses de acompanhamento pós-operatório. O Escore Radiográfico de União para as Fraturas da Tíbia (RUST) foi o instrumento usado para avaliar a consolidação óssea. Resultados: Dos 355 pacientes com fraturas da diáfise da tíbia, 51 foram incluídos no estudo. Os pacientes incluídos foram 41 (82,0%) do sexo masculino, com idade média de 36,7 anos, 37 (72,5%) com fraturas expostas e 28 (54,9%) com lesões associadas. Após análise estatística, os fatores que se correlacionaram significativamente com a não consolidação foram a altura da cunha > 18 mm, o deslocamento translacional pré-operatório da fratura na incidência AP > 18 mm e a distância final da cunha em relação à sua posição anatômica original após a cravação do MI > 5 mm. Conclusão: Os fatores de risco para a pseudartrose relacionada com a fratura em cunha e42B2 são a altura da cunha > 18 mm, a translação inicial na vista AP da fratura > 18 mm e a distância > 5 mm da cunha em relação à sua posição anatómica após a fixação IM. Nível de evidência III; estudo comparativo retrospectivo. Nível de evidência III; Estudo retrospectivo comparativo .

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Introduction: Tibial shaft fracture is the most common long-bone fracture, and the standard treatment is intramedullary (IM) nail fixation. Regardless of the development of this technique pseudoarthrosis remains prevalent. Objectives: Evaluate the correlation between wedge fragment size and displacement, displacement of the main fragments of the 42B2 type, and pseudoarthrosis incidence. Methods: We retrospectively assessed all patients with 42B2 type fracture treated with IM nailing between January, 2015 and December, 2019. Six radiographic parameters were defined for preoperative radiographs in the anteroposterior (AP) and lateral views. Another six parameters were defined for postoperative radiographs at three, six, and 12 months. The Radiographic Union Score for Tibial Fractures score was used to assess bone healing. Results: Of 355 patients with tibial shaft fractures, 51 were included in the study. There were 41 (82.0%) male patients, with a mean age of 36.7 years, 37 (72.5%) had open fractures, and 28 (54.9%) had associated injuries. After statistical analysis, the factors that correlated significantly with nonunion were wedge height > 18 mm, preoperative translational displacement of the fracture in the AP view > 18 mm, and final distance of the wedge in relation to its original anatomical position after IM nailing > 5 mm. Conclusion: Risk factors for nonunion related to the wedge and42B2 fracture are wedge height > 18 mm, initial translation in the AP view of the fracture > 18 mm, and distance > 5 mm of the wedge from its anatomical position after IM nailing. Evidence level III; Retrospective comparative study .
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